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07/05/2022 às 10:44

Contratação de falsos médicos pode entrar na mira da CPI da Saúde

Paulo Henrique Fanaia

O presidente da CPI da Saúde, vereador tenente-coronel Paccola (Republicanos) disse que vai aguardar a conclusão da fase de inquérito da Operação Chacal, que investiga a contratação de falsos médicos no antigo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, para pedir compartilhamento de provas e levar o caso para o escopo da CPI da Saúde.
 
“Ela não pode ser compartilhada porque ela está na fase de inquérito. Ela só pode ser compartilhada a partir do momento que ela vira processos. A gente vai fazer a solicitação, com toda a certeza, se nós tivermos pernas para isso, lembrando que nós temos ainda em torno de 80 pessoas para serem ouvidas e temos um prazo exímio para a conclusão da CPI”, argumentou o vereador.
 
Conforme Paccola, ele acredita que nos próximos 120 dias, novas operações policiais devem ocorrer na área da saúde e da gestão da prefeitura.
 
Tempo a gente vai entrar com certeza nessa operação Chacal e nas outras que eu acredito que nos próximos cento e vinte dias novas operações surgirão aí relacionadas sua saúde, mas a gestão da prefeitura. 
 
“Nós recebemos diversas denúncias ao longo da CPI, não só relacionadas a questão de funcionário fantasma, mas de outras contratações inclusive de fornecimento de equipamentos, acessórios na parte hospitalar, contratação de empresas com vínculo de pessoas do próprio da própria gestão. A gente não conseguiu avançar por conta do trabalho que a gente já tem, do que já está investigado. A CPI não tem atuação na parte criminal, nem na parte cível, mas nos crimes políticos, crimes de responsabilidade, que tem agentes políticos envolvidos”.
 
Segundo o vereador, as denúncias que chegaram a CPI não se restringem apenas à Secretaria de Saúde, mas em várias gestões até mesmo no Poder Legislativo.
 
Mesmo que a denúncia tenha partido da própria Secretaria Municipal de Saúde sobre a existência de falsos médicos, o vereador diz que isso não isenta a responsabilidade da gestão, pois ela mesmo foi responsável em contratar médico sem registro o Conselho Regional de Medicina (CRM).
 
“Como é que alguém que não tem registro no CRM é contratado como médico? Há uma falha aí na gestão por mais que não haja má intenção das pessoas, não tem como isentar a gestão de culpa, uma vez que ela é quem paga uma pessoa pra exercer uma função sem capacidade técnica para isso”.
 
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