Imprimir

Imprimir Notícia

07/07/2022 às 20:29 | Atualizada: 08/07/2022 às 08:39

Preço do leite nos supermercados deve se manter em alta com baixa na produção

Débora Siqueira

O consumidor percebeu que o litro do leite está 18% mais caro que nos últimos 12 meses. Atualmente, chega a custar até R$ 8 reais em alguns supermercados de Cuiabá, mais caro até do que o litro da gasolina. Mas conforme o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Dolor Vilela, o consumidor não deve sentir, a curto e médio prazo, a redução dos preços nas gôndolas.
 
Mesmo com o produtor recebendo um valor médio de R$ 2,88 pelo litro do leite, valor pouco maior do que em março, por exemplo, que era de R$ 2,13, essa melhora na remuneração pode não ser o suficiente para aumentar a produção do leite novamente não só em Mato Grosso, mas em todo país, pois houve uma queda na produção geral do leite.
 
O presidente da Aproleite explica que a vaca leva 9 meses para parir e começar a dar leite, mas como houve nos dois últimos anos seca acentuada, isso gerou falta de pastagens e vai levar tempo para esse animal recuperar e produzir mais. Por isso, ele acredita que ainda haverá um período incerto a respeito dos preços do leite.
 
“Aqui no Estado viemos de duas secas severas em 2020 e 2021, a pandemia, a alta dos insumos com aumento no farelo de soja, do milho, energia, medicamentos dos animais, diesel. Com isso os produtores foram ficando descapitalizados, venderam os animais e deixaram a atividade. Com isso a produção em Mato Grosso caiu nesta safra, há falta do produto”, disse, em entrevista ao programa Agora na Conti na noite desta quinta-feira (7).
 
Com a baixa oferta de leite, os preços acabaram subindo ao consumidor. Uma esperança para um alívio nos preços, apontada pelo presidente da Aproleite, é com a chegada do período de chuvas com a melhora das pastagens, pois a maior parte da produção de leite de Mato Grosso é produzida por meio de pastos.
 
“Isso se o volume da produção aumentar porque só assim para que o consumidor possa sentir essa redução nas gôndolas dos supermercados”.
 
Apesar de ter bacias leiteiras espalhadas por todas as regiões de Mato Grosso, Dolor Vilela aponta que o poder público poderia incentivar a produção de leite no estado por meio de políticas públicas da inclusão do leite na merenda escolar.
 
 Imprimir