Edna Sampaio afirma que discussão religiosa nubla campanha do 2º turno
Da Redação - Jardel P. Arruda/ Da Reportagem Local - Eloany Nascimento
A vereadora Edna Sampaio (PT) avalia que a discussão de valores religiosos, a qual tomou espaço central da discussão eleitoral no embate entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está sendo usada para nublar o debate eleitoral sobre os projetos de governo de ambos.
“A questão religiosa que foi trazida para esse segundo turno, lamentavelmente, borra e impede uma discussão mais de fundo do que está em disputa nestes dois projetos, que representa Bolsonaro x Lula”, afirmou a vereadora, na manhã desta terça-feira (18), na Câmara dos Vereadores, em Cuiabá.
Sem citar nomes, ela culpa dirigentes religiosos por utilizar igrejas para tirar de foco o debate sobre gestão. “Foi mais conveniente para algumas pessoas que manipulam e controlam algumas igrejas transformar a eleição, não só no segundo turno, mas desde o primeiro, fazer da eleição uma guerra santa”, disse.
Em Mato Grosso, o núcleo de campanha pró-Bolsonaro, formado por lideranças supra-partidárias sob orientação do governador Mauro Mendes (União), tem focado nas igrejas evangélicas para aumentar a votação do atual presidente no Estado. O próprio governador recomenda utilizar a defesa da pauta da família para vencer a eleição contra Lula.
Campanha pró-Lula
De acordo com ela, o Partido dos Trabalhadores está empenhado em colocar a militância na rua para fazer a campanha do ex-presidente Lula no 2º turno em Mato Grosso. Edna afirma que vai participar de agendas tanto em Cuiabá quanto no interior, na Região Oeste.
“A gente pode esperar muita militância, que é o que já vem acontecendo em Mato Grosso. Ontem, nós fechamos uma agenda e vamos continuar fazendo uma militância de rua”, disse Edna Sampaio.
Para ela, esse tipo de campanha, com a mobilização de pessoas na rua para fazer passeatas, tem sido mais aguerrido no segundo turno, porque toda militância está focada apenas na campanha a presidente de Lula, sem precisar se preocupar com os candidatos proporcionais.
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