Coordenação de Bolsonaro em MT quer conquistar 200 mil votos para alcançar 70% do eleitorado
Da Redação - Alline Marques / Reportagem local - Eloany Nascimento
A coordenação da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Mato Grosso, trabalha com a possibilidade de conquistar mais 200 mil votos neste segundo turno, para fazer com que o Capitão alcance os 70% dos votos válidos no estado. Para isso, nesta última semana de campanha, os aliados do chefe da Nação optaram por descentralizar as ações e buscar principalmente regiões e bairros mais periféricos, e também já alinharam com prefeitos e vereadores para que levem cada vez mais a mensagem do presidente para os eleitores mato-grossenses.
O foco agora é, além de convencer os indecisos e os eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para migrarem para Bolsonaro, é também tentar virar voto dos eleitores de Lula. O ex-senador Cidinho (União) é um dos coordenadores e já adianta que também tem buscado reverter o resultado negativo em alguns municípios de Mato Grosso, onde o petista ficou na frente no primeiro turno, com o objetivo de vencer nos 141 municípios.
“Estamos com mobilização no estado todo. Para chegar nos 70% é 200 mil votos a mais e o cenário atual tem ajudado bastante. Vamos fazer a nossa parte em Mato Grosso para que o presidente seja o mais votado proporcionalmente. Já nos reunimos com prefeitos, vereadores, e eles estão mobilizados, junto com deputados e lideranças, para se envolverem na campanha, principalmente, para vencermos neste segundo turno onde o presidente perdeu antes, e vamos virar esse jogo”, afirmou Cidinho, bastante confiante na vitória.
A ideia é alcançar principalmente os lugares considerados como redutos do petista, como a periferia, e para isso as lideranças evangélicas têm sido essencial na disputa. O deputado federal eleito Abílio Brunini (PL) é um dos que tem encabeçado este movimento. Ele acredita ainda que o crescimento de Bolsonaro tem sido espontâneo e ainda coloca que as próprias declarações do ex-presidente Lula tem feito o petista cair nas pesquisas.
“Eu acredito que quem tá ajudando a aumentar a votação do presidente, não é uma coordenação, mas as pessoas, porque elas estão acompanhando o que acontece com o Brasil e estão indo para rua. A gente tem a missão de abastecer com informação, conteúdo. E acredito que as falas do Lula ajudam mais ainda o Bolsonaro crescer”, afirmou.
O senador Wellington Fagundes (PL) é ainda mais otimista e já aposta que Bolsonaro possa chegar a 80% em Mato Grosso. Ele aproveita para já falar que o presidente já deve ampliar a vantagem em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, com chances ainda de virar em Minas Gerais, o que poderia então dar a reeleição para o Capitão.
O liberal fala ainda da intensa agenda nos municípios neste fim de semana, fato que deve se repetir ao longo destes últimos dias da campanha, que entra na reta final e decisiva.
No primeiro turno, 1,8 milhão de pessoas foram às urnas no estado, destes, apenas 49,2 mil votaram branco ou nulo, portanto outra estratégia da campanha do presidente é convencer os ausentes a comparecer e aumentar o percentual de eleitores. Bolsonaro obteve, no estado, 1,1 milhão de votos, enquanto Lula recebeu 633,7 mil votos.
Já os votos nos demais candidatos a presidente somam pouco mais de 106 mil votos. Sendo assim, a meta dos bolsonarista é ousada, mas não impossível, diante do fato de estar em um estado genuinamente de direita. Somente em 2022, um candidato a presidente do PT foi mais votado em Mato Grosso.
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