10/01/2023 às 18:40 | Atualizada: 10/01/2023 às 18:47
Após críticas, Buzetti diz ter assinado CPI dos Atos Antidemocráticos para estancar crise econômica
Jardel P. Arruda
Após receber questionamentos nas redes sociais e também de empresários, a senadora Margareth Buzetti (PSD) tentou amenizar a crise entre sua base eleitoral justificando os motivos que a levaram assinar a CPI dos Atos Antidemocráticos e ainda pedindo uma diferenciação entre os manifestantes que cometeram crimes e os que agiram de forma pacífica.
Na tarde desta terça-feira (10), a parlamentar, que migrou para a base de Lula (PT) para assumir a cadeira de senadora, declarou que assinou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos para evitar uma grave crise econômica gerada pelos ataques de destruição ocorridos no domingo (8), em Brasília.
De acordo com Margareth, que agora está na base do presidente Lula (PT), o setor produtivo e industrial já sente os efeitos de uma ameaça de crise desde outubro, com o bloqueio de rodovias, paralisação de serviços e outros atos. Segundo Margareth, toda a população também será afetada.
"O efeito cascata dos problemas gerados é imediato. Não pode ocorrer esse tipo de ato, onde as manifestações saem do campo da defesa de ideias para a violência e atentado à Democracia", afirmou, através da assessoria de imprensa.
Classificação dos patriotas
A parlamentar ressalta que as ações violentas e de depredação devem ser investigadas com afinco, porém, defende que os manifestantes que se organizaram de maneira pacífica não sejam punidos.
“O que está acontecendo é muito grave e essa é uma situação que está nos levando a uma crise sem precedentes. A economia já está sendo afetada. Mas reafirmo que quem estava manifestando pacificamente não precisa se preocupar, ao contrário de quem invadiu e depredou prédios públicos”, ponderou.
Além de Margareth Buzetti, outros dois nomes que compõem a bancada do PSD no Senado Federal, Irajá (PSD-TO) e Ângelo Coronel (PSD-BA) também estão apoiando as apurações em cumprimento a orientação partidária disposta pelo presidente da legenda social democrática, Gilberto Kassab.
A proposição de criação da CPI dos Atos Antidemocráticos foi feita pela senadora Soraya Thronicke (UB-MS) e a expectativa é de que as investigações sejam instaladas em breve, uma vez que, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já retornou a Brasília para oficializar a apuração.
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