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19/01/2023 às 11:00 | Atualizada: 19/01/2023 às 11:12

Delegado rebate tese de descompensação emocional, cita premeditação e porte ilegal de arma

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

O delegado Marcel Oliveira, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirma que o crime foi premeditado e irá trabalhar para refutar a tese de defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), que alegou descompensarão emocional.

Ele afirma, inclusive, que já consegue comprovar que o suspeito tinha a intenção de matar a vítima. “Temos informações que dias anteriores ele já vinha rondando a casa da vítima. A gente tem imagens que no dia anterior à execução, na terça à noite, ele já estava rondando o prédio da vítima. Então, você constata que foi algo pensado, premeditado”, disse.

O empresário matou a tiros a sua ex-companheira e seu atual namorado no final da tarde dessa quarta-feira (18). Ele foi preso horas depois em uma fazenda da família no município de Campo Verde. “Vamos trabalhar para refutar esses elementos que trata-se de tese de defesa. Existe técnica de investigação que vamos buscar debelar, tirar de cena essas alegações”, garantiu o delegado.

Para tanto, serão analisados os celulares das vítimas e do suspeito, assim como as imagens das câmeras de segurança do local do crime. Bezerra matou o casal em frente Edifício Solar Monet, no Bairro Consil, em Cuiabá. Trata-se de Thays Machado, 44, e William César Moreno, 30, foram mortas a tiros.

“As investigações centram-se em análise técnicas, temos diversos celulares a serem analisados. Os celulares das vítimas, o celular do suspeito. Temos outras medidas técnicas que serão adotadas na área da inteligência, como a análise das imagens, para pegar toda e completa dinâmica”, completou.

Posse da arma

O empresário foi preso em flagrante em posse da arma do crime, uma pistola caibre 380. O delegado esclarece que, apesar de Bezerra ter o registro da arma de fogo, ele não tinha o direito de portá-la. Diante disso, irá responder por porte ilegal de arma de fogo, além do crime de feminicídio, uma vez que tinha relação amorosa com a vítima.

“Ele tinha a posse, o registro da arma. A arma está registrada em nome dele, mas isso não significa que ele possa andar armado, porque porte ele não tinha”, finalizou.
 
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