Mauro diz que não cabe decisão política sobre promoção de policiais que atuaram na Operação Canguçu
Paulo Henrique Fanaia
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a decisão de promover os policiais que participaram da Operação Canguçu não é uma questão política, mas, sim, de responsabilidade exclusiva das forças de segurança de Mato Grosso. Três deputados estaduais já fizeram indicações na Assembleia Legislativa pedindo a promoção dos 340 agentes de segurança envolvidos nas capturas e combates aos criminosos na região de Confressa.
“Já existe na corporação os mecanismos que cuidam disso. Isso não é uma decisão política, isso é técnica e a instituição já tem mecanismos para capturar os profissionais que têm um desempenho superior”, afirmou o governador, afastando qualquer possibilidade de ele mesmo decidir sobre o tema, mesmo sendo provocado pelos deputados.
Os deputados estaduais Elizeu Nascimento (PL) e Dr. Eugênio (PSB) apresentaram uma indicação na Assembleia Legislativa que prevê a promoção de cargos de policiais militares que participaram da Operação Canguçu. O documento foi aprovado em primeira votação, na quarta-feira (24), e será encaminhado ao governador. Ao todo, 340 PMs podem ser beneficiados com a sugestão.
Se aprovada pelo governador, a proposta deve gerar um impacto financeiro para o Estado, já que com a mudança de patente dos militares o salário também será reajustado.
Operação Canguçu
O secretário da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel César Augusto de Camargo Roveri, anunciou, na quinta-feira (18), o fim da Operação Canguçu. A força-tarefa contou com mais de 300 policiais de cinco estados na caçada aos criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa em abril. Durante a ação policial, 18 suspeitos foram mortos em confrontos.
Além dos suspeitos mortos durante a troca de tiros, outros cinco foram presos, sendo três detidos na região onde o bando estava escondido no Tocantins. Outros dois, que teriam ajudado na logística do crime, foram capturados em Redenção (PA).
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