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01/06/2023 às 17:33

Para vereador, Chico mostrou parcialidade e alinhamento com gestão municipal durante reunião com Perri

Paulo Henrique Fanaia

A visita do presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Chico 2000 (PL), ao desembargador Orlando Perri, responsável pelo julgamento do pedido de prorrogação da intervenção estadual na saúde de Cuiabá, ocorrida na terça-feira (31), não foi vista com bons olhos pelos vereadores da oposição. Pelo menos para Luiz Fernando (Republicanos), Chico deveria ter agido com imparcialidade e não ter demonstrado alinhamento com a gestão municipal.

“Respeito o posicionamento do Chico, mas discordo em relação a se posicionar de forma contrária a intervenção. A partir do momento em que um presidente, que deve ser imparcial de qualquer situação, se posiciona e favorável e alinhado ao 7º andar da Prefeitura [local onde está instalado o escritório do prefeito Emanuel Pinheiro], isso é estranho. Nós, vereadores de oposição e independência, queremos deixar claro que essa decisão [sobre prorrogar a intervenção] tem que ser uma decisão tomada independente de interferência. A Câmara não pode se posicionar de forma contrária a algo que está sendo feito de forma correta”, afirma Luiz Fernando.
 
A fim de evitar com que o Judiciário de Mato Grosso prorrogue o período interventivo, os vereadores Chico 2000 e Rogério Varanda (MDB) fizeram uma visita ao desembargador Orlando Perri, relator do processo do Tribunal de Justiça, e propuseram a formação de uma comissão para acompanhar a devolução dos trabalhos da intervenção à administração municipal.

Chico afirma que a medida tem o objetivo de garantir a continuidade dos serviços do setor. Para tanto, a comissão seria composta por membros indicados pelo Gabinete de Intervenção e pela Prefeitura de Cuiabá e acompanhada pelo parlamento municipal, pelo Tribunal de Justiça, pelo Tribunal de Contas do Estado, pelo Ministério Público Estadual e pela Assembleia Legislativa. 
 
Mesmo sendo contrário à posição de Chico, Luiz Fernando disse que é à favor da criação de uma comissão para acompanhar a pós-intervenção. O problema é que, segundo o republicano, essa ideia de formar a comitiva não foi passada aos parlamentares no Colégio de Líderes da Câmara.
 
“A criação de uma comissão para que acompanhe esse processo de finalização da intervenção, isso, em nenhum momento, passou pelo Colégio de Líderes e até mesmo pela própria Comissão de Saúde, de que eu faço parte. [...] Com certeza, se for montada uma comissão provisória dentro dessa Casa, eu serei um dos primeiros a me inscrever, até mesmo porque represento a Saúde dentro desse Parlamento. Temos também o Dr. Ricardo Saad, que acaba de retornar ao Parlamento, mais um médico, mais um escudeiro defensor da Saúde Pública”, finaliza o vereador.
 
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