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22/06/2023 às 18:05 | Atualizada: 22/06/2023 às 18:06

Atual chefe de gabinete de Edna rejeita tese de ilegalidade e confirma conta conjunta desde início do mandato

Kamila Arruda

A atual chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Neusa Batista, defendeu a legalidade da transferência da verba indenizatória para custeio do gabinete e confirmou a existência de uma conta conjunta para depósito destes valores. 

Neusa garante que o gabinete da parlamentar petista adota esse sistema desde o início do mandato, e diz que a sua antecessora, Laura Natasha, só não teve acesso a referida conta porque ficou pouco tempo no cargo. 
Porém, vale destacar que a atual chefe de gabinete está no cargo no mesmo tempo que a ex-servidora. 

Laura respondeu como chefe de gabinete de Edna por quatro meses e foi demitida grávida, em dezembro do ano passado. Neusa  assumiu o posto em janeiro deste ano, e está no cargo há cinco meses. 

“Essa conta já existia desde 2021, mas a minha inclusão se deu em janeiro quando eu me tornei chefe de gabinete, mas a conta já existia junto com a Alice, que antecedeu a Laura. [...] Essa prática é desde o início do mandato, a Laura não chegou a ter acesso porque ela ficou muito pouco tempo no cargo”, completou Neusa.

Para ela, essa prática facilita a gestão dos recursos, e garante que não existe ilegalidade na medida, uma vez que acredita que os recursos oriundos da verba indenizatória são para suprir custos do gabinete.

“Como é do conhecimento de todos os vereadores, a VI é paga na conta pessoal do vereador e do chefe de gabinete, porém nós tomamos essa decisão de criar essa conta conjunta para ter maior controle do que estamos gastando.  [...] A gestão dos recursos não está prevista em lei, mas nós temos como provar para onde foi todo esse recurso que a gente recebeu”, garantiu.

Neusa foi a segunda ser ouvida na Comissão de Ética na tarde desta quinta-feira (22), no âmbito do processo disciplinar que foi instaurado no Parlamento Municipal contra Edna, por suposta prática de rachadinha.

Diante das declarações, o vereador Dilemário Alencar (Podemos) sugeriu que a Comissão de Ética solicite o extrato da conta conjunta dos seis primeiros meses deste ano, e também o extrato da conta bancária da vereadora Edna, que recebeu os recursos transferidos por Laura. Por fim, ainda solicitou que o grupo convoque a primeira servidora do gabinete da parlamentar, que exerceu o referido cargo.

A Comissão de Ética é formada pelos vereadores Rodrigo de Arruda e Sá (Cidadania), Kássio Coelho (Patriota) e Wilson Kero Kero (Podemos).
 
Demissão de Laura
 
Durante a oitiva, Neusa chegou a ser questionada se tinha conhecimento sobre o motivo que a ex-chefe de gabinete foi demitida do cargo mesmo estando gravida.

”Sou uma das poucas pessoas que viveu o que aconteceu, e posso dizer com segurança que a motivação da exoneração teve haver com desempenho profissional, que eu vi, e não se deu por conta da gravidez”, disse. Porém, Laura alegou que foi demitida após ouvir de Edna que a gravidez iria prejudicar o mandato
 
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