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29/07/2023 às 13:43 | Atualizada: 29/07/2023 às 15:06

Regras impostas pela CBF limitam venda de mando de campo e pode impedir Cuiabá de cumprir 'ameaça'

Alline Marques

A ameaça do vice-presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch, pode se tornar vazia diante das novas regras existentes no Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF que restringe a possibilidade de um time vender seu mando de campo com o objetivo de arrecadar mais dinheiro em outro estádio. Neste ano, a Confederação Brasileira de Futebol adicionou quatro critérios que limitam as possibilidades para mudança de mando de campo ou a comercialização, deixando de ser interessantes para os times fazer essa troca. 

A entidade aponta, no artigo 14 do regulamento, que os jogos não poderão ter o campo alterado quando gerar prejuízo ao equilíbrio técnico da competição, prevalência do interesse econômico particular do clube, em detrimento dos aspectos técnicos da competição, prejuízo da presença dos torcedores do clube mandante no estádio escolhido e privilégio de qualquer natureza em favor do clube adversário, como inversão ou comercialização do mando de campo.

Estes pontos devem impedir o Cuiabá de vender o mando de campo. O vice-presidente alegou ter recebido propostas de lugares como Manaus, Belém e Espírito Santo para que fossem realizados os jogos do Dourado, principalmente, com times grandes. 

Ocorre que para que seja levado para cidades como Manaus ou Belém, implicaria em prejuízos ao equilíbrio técnico e também teria ainda o interesse a questão do interesse econômico acima dos aspectos técnicos da competição. Isto porque, envolveria uma logística um pouco mais complicada para as equipes, envolvendo principalmente a viagem. 

Já com relação a cidades mais próximas dos grandes centros, o Cuiabá acabaria prejudicando a própria torcida, inferindo portanto, o critério número três imposto pela CBF, e também acabaria beneficiando o clube adversário, que teria a maior torcida e estaria mais próximo do local da partida. 

Pelo regulamento antigo, de 2022, era proibido apenas a inversão de mando de campo ou a transferência de Estado apenas nas últimas cinco rodadas. O que permitia que um clube de menor torcida poderia negociar seu jogo para atuar em um estádio onde houvesse maioria de rivais em outras partes do Brasileiro.

Porém, com os critérios impostos pela CBF este ano, o Cuiabá teria dificuldades em atendê-los, podendo portanto, a ameaça feita por Cristiano nunca se tornar real.
 
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