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04/08/2023 às 17:10

Acusado de estupro de vulnerável, líder religioso recebe quatro novas denúncias

Luíza Vieira e Eloany Nascimento

O líder religioso acusado de abusar sexualmente de mulheres após rituais espirituais tem novas vítimas, aponta a delegada da Polícia Judiciária Civil em Lucas do Rio Verde, Ana Carolinne Mortoza Terra, responsável pelas investigações. Ao todo, quatro novas mulheres denunciaram terem sido vítimas do acusado.

“Desde o cumprimento do mandado de prisão desse líder espiritual na quarta-feira, já surgiram mais quatro vítimas. Nós já iniciamos novos procedimentos policiais com base nessas novas vítimas, todas com uma similaridade de informações, detalhes, mantêm as mesmas versões, mesmo modus-operandi que as outras vítimas que já existiam haviam relatado”, informou a delegada.

A policial informou que após o cumprimento do mandado de prisão, o suspeito passou por audiência de custódia e depois pelo interrogatório em que confessou ter feito ‘atendimento’ nos demais municípios. Diante da confirmação, a polícia entende que o suspeito possa ter mais vítimas nessas cidades.

“Ele resolveu ofertar sua versão dos fatos, e ele apontou que fazia atendimentos tanto em Lucas do Rio verde, como em Sinop e Alta Floresta. Nós achamos relevante essa nova informação, visando dar ampla divulgação dessa situação nessas outras cidades”, revelou.

O caso é tratado como estupro de vulnerável, uma vez que as vítimas teriam sido abusadas sob efeito de um chá, que o suspeito utilizava em um ritual espiritual. 

As investigações apontam que o suspeito agia por meio de manipulação psicológica, sob argumentos de conexão e troca energética, colocando de forma fraudulenta na mente das vítimas a necessidade de realização de um ritual espiritual. Acreditando que receberia uma cura espiritual, as vítimas deixavam que o suspeito realizasse toques corporais, que configuraram atos libidinosos, chegando em um dos casos ao ato sexual, após ingestão de um chá.

Ainda conforme a delegada, todas as vítimas identificadas até o momento são mulheres, algumas passando por momento de fragilidade, tendo o suspeito aproveitado dessa condição para ludibriá-las. “Temos vítimas que foram abusadas desde o primeiro atendimento e outras, que frequentavam o centro por um longo período, gerando até mesmo uma dependência emocional do tratamento realizado pelo suspeito e das substâncias por ele utilizadas”, disse a delegada.
 
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