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14/08/2023 às 18:07 | Atualizada: 24/08/2023 às 11:24

Juíza converte prisão de ex-policial que matou advogada em preventiva

Eduarda Fernandes

A juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, converteu a prisão em flagrante de Almir Monteiro dos Reis, 49 anos em prisão preventiva. A decisão foi proferida na tarde desta segunda-feira (14), em audiência de custódia. Almir é o principal suspeito de assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, 48 anos.

Ela foi encontrada morta dentro do próprio carro, no Parque das Águas, em Cuiabá, nesse domingo (13). O suspeito foi preso em flagrante pelos policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Ele alegou à imprensa nesta manhã, na entrada da delegacia, que a vítima caiu e bateu a cabeça. A versão dele é descartada pelo delegado da unidade, Marcel Oliveira.

Segundo a polícia, no sábado (12) à noite, a vítima conheceu o ex-policial em um bar nas proximidades da Arena Pantanal e por volta das 23h30 os dois foram para a casa do suspeito, no bairro Santa Amália. 

Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato com a vítima, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro da mulher, o irmão acessou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas. No local, o corpo da vítima foi encontrado dentro do seu veículo no banco do passageiro, já sem vida.

Durante diligências, o autor do crime foi localizado e aos policiais ele disse que teria dormido com a vítima, mas apresentou diversas contradições sobre os fatos posteriores e o envolvimento no crime de feminicídio. 

Foi constatado pela Polícia Civil que a vítima foi espancada e asfixiada até a morte.

Além disso, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Cristiane tenha sofrido violência sexual antes de ser assassinada. De acordo com o delegado Renato Franco, a perícia constatou que houve ato sexual entre a vítima e o assassino.

Franco detalha que, embora a perícia tenha atestado que houve, sim, a relação sexual entre os dois, ainda é cedo para dizer se o ato foi consentido ou não. A polícia investiga a hipótese de que Almir tenha estuprado Cristiane ou que a relação tenha iniciado de forma consensual, mas que ele saiu do controle em algum momento.

“O que se passa no quarto não sabemos, fica difícil dizer, mas a motivação foi sexual”, afirmou o delegado. De acordo com Ricardo Franco, Cristiane conheceu Almir em um bar próximo à Arena Pantanal. Como Almir estava sem carro, Cristiane deu carona a ele e acabou indo até a casa do assassino.
 
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