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17/08/2023 às 18:04

Relator explica motivo de relatório que pede cassação de Edna não considerar demissão de grávida

Luíza Vieira

O vereador Kássio Coelho (Patriota) afirma que não levou em consideração o fato de que a ex-chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Laura Natasha Abreu, foi demitida grávida, ao elaborar o relatório que sinaliza que a parlamentar deve ser cassada. O motivo é que este fato não é objeto da comissão processante. 

“Vocês vão ver que não é agressão pessoal, no meu relatório eu não cito em nenhum momento a questão da gestação da Laura. Eu não cito porque não tem nada a ver com o que nós estamos investigando”, explicou o vereador à imprensa na tarde desta quinta-feira (17), logo após entregar o relatório.

Acontece que ao longo das investigações da comissão, o fato de Edna ter demitido a ex-chefe de gabinete enquanto ela estava grávida contribuiu para inflamar ainda mais a situação. Tanto que a vereadora Michelly Alencar (União) que atua como presidente da Comissão da Mulher na Câmara Municipal chegou a pedir o afastamento da parlamentar do cargo de membro, mas Edna acabou se adiantando e pediu para sair de forma permanente.

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Somado a isso, caso escape da cassação pelo suposto esquema de ‘rachadinha’, referente à apropriação indevida da Verba Indenizatória (VI), a petista poderá enfrentar outra investigação, e esta sim relativa à demissão de Laura no período de gravidez. Ao menos é isso o que defendem as vereadoras Michelly Alencar (União) e Maysa Leão (Republicanos), que querem a abertura de uma nova comissão processante, no âmbito da Comissão dos Direitos da Mulher.

“Mas a gente trabalha com a verdade, com a honestidade, não querendo prejudicar ninguém, e o relatório nosso foi técnico, né? Juntamente com esta comissão, a todo momento demos oportunidade de defesa e fomos justos. Nós não queremos aqui polemizar nada, e o plenário é soberano”, explicou Kássio, quanto à decisão pela cassação em seu relatório.

Vale lembrar que o vereador Kássio Coelho é, pela segunda vez, autor de um relatório que pode culminar na perda de um mandato no Legislativo cuiabano. Da última vez, após ir a plenário, o resultado foi ruim para o tenente Coronel Marcos Paccola
 
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