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22/08/2023 às 07:20

Botelho afirma que pediu pessoalmente afastamento de procurador da ALMT acusado de cárcere privado

Jardel P. Arruda

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União), disse que solicitou diretamente ao procurador-geral da Casa de Leis, Ricardo Riva, o afastamento do procurador Benedito Cesar Correa Carvalho, acusado de ter mantido uma garota de programa em cárcere privado.

Ainda segundo ele, o Benedito será alvo de um processo administrativo disciplinar (PAD) e pode ser demitido do serviço público.O procurador é reincidente e essa seria a terceira vez com uma ocorrência parecida. 

“Eu liguei de imediato para o procurador-geral, solicitei dele que fizesse o afastamento dele uma vez que ele já é já tem várias reincidências. Acho que essa é a terceira reincidência e não é compatível com a função dele essas atitudes”, disse Botelho, na manhã desta segunda-feira (21).

“E ele tem problemas aí de tratamento que ele tem que fazer. Entendemos isso na primeira vez, agora nessa reincidência não. Nós vamos abrir um PAD contra ele. Ele pode se afastar, ele pode até perder o cargo definitivamente”, concluiu.

O caso

O procurador Benedito Cesar Correa Carvalho foi preso na manhã de sábado, 19 de agosto, suspeito de sequestro e cárcere privado e ameaça contra uma garota de programa, de 19 anos. Conforme relatos da vítima, o suspeito não permitiu que ela fosse embora após o fim do programa.

Ele foi liberado no domingo (20), e deve passar por audiência no próximo mês relativa à resistência à prisão e posse de drogas para consumo pessoal. Conforme consta no termo circunstanciado, um documento confeccionado pela Polícia Civil e encaminhado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o delegado Gilson Silveira do Carmo fez a liberação do procurador ainda no sábado (19), no mesmo dia em que o suposto crime aconteceu.

Em outro documento, ficou registrado que a data marcada para a audiência do caso será no dia 21 de setembro, no Juizado Especial Criminal Unificado, em Cuiabá, às 9h. "O não comparecimento sujeitará o intimado às penas do art. 330 do Código Penal Brasileiro", alerta o delegado no termo de notificação de audiência.

Em depoimento, o procurador negou ter mantido a garota de programa em cárcere privado e afirma que em nenhum momento quis fazer mal a ela, e admitiu ser usuário de drogas.

Em nota, a Procuradoria-geral da AL se manifestou quanto ao caso e repudiou qualquer ato de violência contra a mulher. O pronunciamento ainda informou o afastamento do procurador do cargo.
 
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