Presidente eleito da Aprosoja avalia queda de 10% na produção do grão em MT
Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia
O presidente eleito da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa, afirma que a estiagem atrasou e irá prejudicar o plantio de soja em Mato Grosso. Até o momento, segundo ele, há a estimativa de que, em média, ocorra uma queda de 10% de produção da oleaginosa no Estado, o que pode aumentar a depender das mudanças climáticas.
“O período de estiagem atrasou o plantio da soja, nós viemos de um ano excelente na produção da soja. Nós devemos ter uma queda acentuada. Ainda é difícil contabilizar porque está muito manchado e é cedo. Mas, podem passar dos 10% das perdas aí, se o clima persistir da maneira que está”, disse.
Vale destacar que o plantio foi autorizado pelo Instituto de Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) em 16 de setembro. Todavia, com a anormalidade climática registrada durante este período, em especial, novembro, em virtude da falta de chuvas em um período que comumente é mais chuvoso, o que foi plantado em setembro e outubro não está se desenvolvendo bem, por isso a estimativa de perda.
Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23.
Por conta disso, muitos produtores poderão deixar de lado a produção de soja e a substituírem pela cultura de algodão.
“Ainda é difícil contabilizar, mas a gente tem relato de produtores de áreas de mais de 4 mil hectares que vão deixar de plantar em áreas bem significativas, por já estar fora da janelada soja, e vai diretamente para o algodão, ou seja, área que não vai produzir o grão também. Mais é difícil contabilizar hoje porque o nosso estado é muito grande, tem muitas realidades”, ponderou Lucas, que ainda está como vice-presidente da Aprosoja.
O mercado de soja deve se expandir para o Brasil no ano que vem devido à sinalização de que a Argentina pare de exportar soja para a Ásia, principal comprador brasileiro. Diante da potencial crise por conta da estiagem, resta saber se o principal produtor da oleaginosa do país conseguirá suprir as necessidades de mercado frente a um período recorde, sem chuvas, para o mês de novembro.
Já que na região sul, a produção também não é das melhores já vistas, uma vez que ao contrário do que ocorre em Mato Grosso, o excesso de chuva prejudica a produção.
Acontece que essas instituições são responsáveis por mais de 90% da soja exportada no Estado. Questões essas que podem prejudicar os índices de comercialização em 2024.
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