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06/12/2023 às 19:26 | Atualizada: 07/12/2023 às 09:58

Morte de Zampieri foi um ato de violência contra a advocacia, diz Faiad

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem local - Paulo Henrique Fanaia

O advogado Francisco Anis Faiad esteve presente no velório de Roberto Zampieri, advogado executado com 10 tiros na noite de terça-feira (5), afirmou não ter dúvidas de que o assassinato ocorreu em razão da profissão que ele exercia. Zampieri foi morto ao sair de seu escritório de advocacia, localizado no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O criminoso estava de tocaia há pelo menos uma hora à espera da vítima.

“Um ato desse, e eu não tenho dúvida que em razão do exercício profissional dele, é uma ofensa à advocacia como um todo e à sociedade. Eu espero que esse ato seja severamente investigado e punido”, disse Faiad à imprensa na tarde desta quarta-feira (6), durante o velório de Roberto.

Para Faiad, o crime fomenta ainda mais a sensação de insegurança na categoria que, nas palavras dele, vive uma luta constante de satisfação e insatisfação para com seus clientes e a outra parte nos processos. “A atividade da advocacia é uma atividade de risco e, mais uma vez, isso se prova”. 

Apesar disso, ele nega que o colega estivesse sofrendo ameaças. “Absolutamente nenhum, nada, pelo contrário, ele estava tranquilo, exercendo a profissão como sempre”.

Faiad descreve que Roberto Zampieri era um advogado militante há muitos anos e vivia da advocacia e foi através dela que passou a exercer outras atividades no mundo empresarial. “Mas um advogado que nunca deixou o escritório, que nunca deixou processos, nunca deixou o tribunal”, lembra.

Para acompanhar o caso, a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, e o conselheiro federal Leonardo Campos, se reuniram com o secretário estadual de Segurança Pública, Coronel PM César Augusto de Camargo Roveri, para pedir uma investigação aprofundada do caso.
 
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