Vidal cita ausência de testemunhas e diz que nova cassação de Edna deve ser votada até 20 de maio
Da Redação - Amanda Garcia / Do Local - Paulo Henrique Fanaia
O vereador Sargento Vidal (MDB), presidente da Comissão Processante instaurada contra a vereadora Edna Sampaio (PT) na Câmara de Cuiabá, garantiu que o processo que pode culminar na nova cassação do mandato da petista, deve ser votado até o dia 20 maio na Casa de Leis. O emedebista ainda afirma que a sua colega de parlamento não tem demonstrado 'qualquer interesse na ação’.
Sem nenhuma testemunha de defesa, o processo contará apenas com os fatos narrados pela ex-chefe de gabinete da vereaadora, Laura Natacha, como testemunha de acusação.
“Em todo o processo até aqui, a Edna não colocou qualquer interesse na ação. Não houve nenhum interesse dela em ser ouvida, em apresentar testemunha, em apresentar defesa, em nada. Ela apenas foi notificada e não compareceu em nenhuma das oitivas. Finalizamos ouvindo a denunciante na época, a senhora Laura Natacha, que esteve aqui, confirmou tudo o que falou na processante anterior, acrescentou algumas coisas, coisas pequenas, e novamente a vereadora Edna não compareceu”, contou nesta terça-feira (7).
Vidal ainda explicou que deve reunir as últimas informações necessárias ao processo e encaminhá-lo ainda essa semana para receber o visto da defesa de Edna. Em seguida, ela terá cinco dias para devolver o documento, que será finalizado e encaminhado à presidência da Casa.
Conforme o presidente da Comissão, caso Edna queira apresentar uma apelação ou testemunha durante esse prazo, também será possível.
“Não sei se a vereadora vai usar os cinco avistas para fazer alguma defesa, alguma apelação. Se ela mais uma vez mantiver o que está sendo feito até agora, para o final de cinco dias eu já entrego. Mas caso ela apresentar alguma defesa, ainda teremos prazo suficiente. [...] Não houve em interesse ouvir outras testemunhas porque não tinha defesa, não tinha necessidade”, ressaltou.
Alegou estar doente
Ainda de acordo com o vereador, Edna chegou a justificar o ‘sumiço’ e a falta de interesse no processo com uma alegação de que estaria doente. Acontece que, Vidal destacou que até o momento, a vereador não apresentou qualquer alegação na processante e nenhum tipo de documento que comprovasse seu quadro de saúde. O vereador cobrou que Edna apresentasse ao menos um atestado médico.
O processo
O novo processo de cassação contra Edna foi aberto após dois novos pedidos serem protocolados na Câmara, em meados de fevereiro. Os pedidos foram apresentadas por Juliano Rafael Teixeira e Marcos Antônio da Silva Lara.
As representações duas têm como base a suposta prática de rachadinha por parte da vereadora, que teria recebido cerca de R$ 20 mil da ex-chefe de gabinete, Laura Natasha, referentes à verba indenizatória paga pela Casa aos servidores que ocupam tal cargo.
Vale lembrar que, Edna já teve o mandato cassado em outubro de 2023 pelo mesmo motivo. Nesta ocasião, a representação foi apresentada pelo vereador Luiz Claudio (MDB) e teve 20 votos favoráveis.
Contudo, a vereadora conseguiu reverter a situação e voltou ao cargo pouco tempo depois, por meio de uma decisão judicial.
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