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09/05/2024 às 16:38

Médico alega transtorno psiquiátrico pede prisão domiciliar, mas justiça nega

Amanda Garcia

O desembargador Hélio Nishiyama negou o pedido de habeas corpus ingressado pela defesa do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, envolvido na invasão de casa e duplo homicídio de idosos em Peixoto de Azevedo (692 km de Cuiabá), ocorrido no dia 21 de abril, e manteve a sua prisão preventiva.

 

No recurso, os advogados do médico solicitaram a conversão da prisão do rapaz para domiciliar, sob alegação de transtorno psiquiátrico em decorrência do uso indiscriminado de Zolpidem. Além disso, frisaram que no dia dos fatos Bruno não disparou em direção a nenhuma pessoa presente no local.

 
“Antes que se diga que Bruno quebrou sua promessa médica de cuidar de vidas, ressalta-se que ele não disparou em direção a nenhuma pessoa, limitando-se a estar presente no local dos fatos em razão da situação em que sua mãe estava envolvida. [...] Visando aguentar horas seguidas sem dormir, ele fazia uso de um medicamento chamado Venvanse. Bruno se mantinha acordado durante longo período (até 4 dias seguidos) e, quando tinha folga, sempre estava sob o efeito do remédio, então, visando aproveitar as poucas horas de sono, tomava Zolpidem, visando induzir o sono e ter o merecido descanso. Esse ciclo perigosíssimo se repetiu por meses”, aparece em trecho.

Conforme o habeas corpus, o vício e os efeitos estavam tão acentuados que, à época dos fatos, em 2023, ele estava fazendo tratamento psiquiátrico com equipe uma multidisciplinar para resolver o problema. O médico Thomas Katsuo Ito, descrito como ‘uma das maiores autoridades brasileiras no assunto’, acompanhava o quadro clínico do rapaz.

O psiquiatra teria chegado, inclusive, a recomendar internação domiciliar para Bruno.

O caso

Armados, Inês Gemilaki, o filho dela Bruno Gemilaki Dal Poz e o cunhado Edson Gonçalves Rodrigues, invadiram uma residência particular, onde ocorria uma confraternização e efetuaram diversos disparos contra as pessoas presentes. Pilson Pereira da Silva, de 80 anos e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, morreram ainda no local.

Inês e o filho eram antigos inquilinos do imóvel e, supostas dívidas deixadas pela família teriam originado um desacordo entre as partes.

 
 
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