Aproximação das eleições de 2024 também movimenta especulações ao governo para 2026
Jardel P. Arruda
Com o afunilamento do cenário eleitoral para o pleito de outubro deste ano, os personagens políticos cotados para disputar as eleições ao governo do Estado em 2026, quando acaba a gestão Mauro Mendes (União), têm realizado movimentações estratégicas para demarcar territorio e posição, até mesmo através da crítica à antecipação do jogo político.
No União Brasil, o senador Jayme Campos, sempre que questionado, diz que ainda não é tempo de discutir a eleição de 2026. Contudo, ele também sempre se coloca como possível candidato, dizendo estar pronto para o desafio de governar Mato Grosso, tanto pela força do currículo, como ex-prefeito e ex-governador, como também por ser uma pessoa financeiramente independente.
“Sem falsa modéstia, tenho capacidade para ser governador, senador ou nada. Jayme Campos não vive de política e essa é a vantagem”, repete em várias entrevistas.
Entretanto, Jayme enfrenta a concorrência dentro do arco de alianças ao qual faz parte, a do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
Considerado aliado de confiança de Mauro Mendes, Pivetta mantém o estilo discreto, tanto na administração pública, dando poucas entrevistas, apesar de ter uma participação intensa nas discussões sobre educação e agricultura, além de ter um canal direto com os prefeitos; quanto no trato sobre a política para 2026.
Entretanto, nos bastidores, o maior proeminente líder do Republicanos é alçado por todos os correligionários, como o deputado estadual Diego Guimarães, o secretário de Estado de Representação em Brasílio, Dr. Leonardo Albuquerque e o vereador Eduardo Magalhães, como candidato ao governo em 2026.
O partido, inclusive, tem traçado um plano de aumentar o número de prefeitos em 2024 para reforçar a base eleitoral de Pivetta. Como a expectativa é que Mauro Mendes deixe o governo do Estado até abril de 2026 para de se descompatibilizar e ser candidato ao Senado ou vice-presidente, o republicano estará no comando da gestão estadual e poderá ser candidato à reeleição.
Quem também se movimenta é o senador Wellington Fagundes (PL). Todas as lideranças do PL falam abertamente do plano do partido de ampliar a base em 2024 justamente para garantir a candidatura do senador do PL e garantir um palanque forte para candidatura à Presidência da República, que no cenário ideal para eles seria de Jair Bolsonaro.
O senador do PL também reafirma, em todas as entrevistas, o plano de ser candidato, como já foi em 2018. Ele ainda tem a vantagem de que não precisará renunciar ao cargo de senador para isso.
Até mesmo uma pesquisa eleitoral foi divulgada no início de maio, a qual coloca Fagundes como favorito na disputa em 2026.
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