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06/06/2024 às 10:24

Chico confirma exoneração três servidores suspeitos de envolvimento com facção criminosa

Da Redação - Jardel P. Arruda/Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Chico 2000 (PL), confirmou nesta quinta-feira (6) a exoneração de Rodrigo Leal do cargo de coordenador do Cerimonial, além de outros dois servidores comissionados que foram presos na Operação Ragnatela, deflagrada na quarta-feira (5).

“Tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham nesta casa, imediatamente fizemos a exoneração dos três. [...] Livre nomeação, livre exoneração”, disse Chico, antes do início da sessão ordinária da Câmara.

Ele ressaltou que como os três foram presos, sequer poderiam cumprir com as obrigações dos cargos e por isso não havia outra alternativa senão os demitir. E, caso seja provada a inocência de algum deles no futuro, não está descartada a recontratação.

“Eles estão presos, vamos esperar o que? Se eles forem inocentes, podemos readmiti-los, mas agora eles estão presos, nem poderão cumprir seus ofícios na Câmara, então eu não tive escolha”, explicou.

A operação


A investigação identificou que criminosos ligados ao CV teriam adquirido algumas casas noturnas em Cuiabá com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

Foi identificado também que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fosse contratado artista de São Paulo, tendo em vista que o estado é berço do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa rival do Comando Vermelho. 

Por conta dessa ordem, o artista conhecido como MC Daniel foi hostilizado durante a realização de um show em Cuiabá, em dezembro de 2023, e teve que sair escoltado do local. O integrante da facção que promoveu o show foi punido pelo grupo com a pena de ficar sem realizar shows e frequentar casas noturnas em Cuiabá, pelo período de dois anos.

Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária, como é o caso do vereador Paulo Henrique.
 
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