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12/06/2024 às 16:14 | Atualizada: 12/06/2024 às 16:35

Júlio espera que escândalo do leilão do arroz sirva para que Governo Federal cancele de vez o projeto de importação do cereal

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Jardel P. Arruda

O deputado estadual Júlio Campos (União) espera que o escândalo do Leilão do Arroz, que culminou na demissão do ex-secretário Nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Neri Geller, sirva para que o Governo Federal desista, de uma vez por todas, de importar o cereal para suprir o mercado nacional.
 
De acordo com o parlamentar, mesmo com a tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul no mês passado, os estoques de arroz são suficientes para suprir todo o mercado brasileiro. Por isso, ele acredita que essa compra internacional é desnecessária.

Para o deputado, a medida está sendo movida por interesses escusos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Os próprios produtores gaúchos já haviam dito e afirmado de que o estoque de arroz armazenado no Rio Grande do Sul é suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro. Mas talvez, por uma jogada política e até demagógica ou por interesses econômicos escusos, o governo Lula resolveu mandar importar arroz de qualidade até não tão palatável para o gosto do brasileiro e por isso foi feita uma concorrência precipitada, sem necessidade e aí ocorreu o que ocorreu. (...)
Eu espero que agora o governo reflita e pare com essa história de querer importar arroz com produtos que nós não conhecemos de onde que vem”, disse o deputado.
 
Nesta terça-feira (11), o presidente Lula decidiu cancelar o pregão para a compra de arroz importado que iria abastecer o mercado nacional. Isso, porque foram descobertas possíveis irregularidades no certame, pois duas empresas vencedoras foram criadas por um ex-assessor de Neri Geller. Este ex-assessor também é sócio do filho de Neri, Marcelo Geller.
 
Juntas, essas duas empresas representam três das quatro vencedoras do certame. Além do mais foi descoberto que as empresas não trabalham com a venda dos grãos. Tudo isso gerou a demissão de Neri que foi oficialmente desligado do cargo na manhã desta quarta-feira (12).
 
Mesmo com todo esse burburinho, Júlio afirma que não acredita que haja um envolvimento direto de Neri nem mesmo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Tanto é que, logo que descobriu as irregularidades, o Governo Federal cancelou o pregão.
 
“Lamento profundamente e até posso afirmar que eu não acredito no envolvimento pessoal não só do ministro Carlos Fávaro, como também do secretário nacional Neri Geller. Mas o Governo Federal agiu de pronto, anulou a concorrência e vai investigar se houve alguma falcatrua, algumas coisas erradas, para fazer a devida correção e punição”, disse o deputado.
 
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