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12/06/2024 às 17:47

Com 'provas robustas', Defensoria representará policiais militares no Ministério Público

Da Redação - Vanessa Araujo/Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

A defensora pública-geral de Mato Grosso, Luziane Castro, terminou de coletar as provas sobre a suposta agressão sofrida pela defensora pública Gabriela Beck e, com isso, a Defensoria Pública de Mato Grosso (DP-MT) ingressará representação no Ministério Público solicitando a punição dos policiais envolvidos no ataque. 

“O exame [de corpo de delito] declarou que era coerente as lesões que foram identificadas com a narrativa apresentada”, declarou Luziane Castro nesta quarta-feira (12), na Assembleia Legislativa. 

Segundo Luziane, o exame de corpo de delito foi entregue na terça-feira (11) e corrobora a versão apresentada por Gabriela Beck, que afirma ter sofrido 
agressões por parte do policial militar que comandava a operação de desapropriação em que ela trabalhava. 


“O exame de corpo de delito eu recebi exatamente ontem à tarde, então agora com esse laudo eu já tenho toda a robustez das provas necessárias e vou fazer o encaminhamento [para o Ministério Público]. Para o comando da PM nós pedimos um aditivo, fizemos a inclusão desse exame de corpo de delito ontem mesmo”, explicou a defensora. 

Questionada sobre a possibilidade das câmeras em fardas ajudarem na apuração de casos como esse, Luziane foi enfática ao dizer que as filmagens inibiriam agressões como as praticadas contra Gabriela Beck. 

“É uma coisa que nós já defendemos, inclusive encaminhamos uma nota técnica aqui para a Assembleia Legislativa porque existe um projeto de lei com relação a isso, mas que está parado, mas nós encaminhamos uma nota técnica reconhecendo que é, sim, uma forma e é mais até uma proteção para os próprios policiais. Em situações de conflito, em situações de conflito, assim, acaba sendo uma proteção mais para os policiais até do que para a população”, concluiu Luziane. 


O caso

A defensora pública Gabriela Beck, que recebeu voz de prisão no último dia 27. A profissional relata ter sofrido agressões por parte de um policial militar que comandava a operação. Além disso, o celular da defensora foi apreendido na ação. 
 
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