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17/06/2024 às 09:09

Para Emanuel, ele não passa por uma má-fase, mas uma sazonalidade típica da vida política

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da reportagem local - Jardel P. Arruda

Para o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a sua gestão não está em baixa, mas sim passando por um momento de sazonalidade típico do mundo político. No melhor jeito “Nenel de ser”, ele relembra que quando terminou o primeiro mandato em 2020 e venceu Abílio Brunini (PL) nas urnas, ele tinha cerca de 86% de aprovação popular, portanto, não há com o que se preocupar com a má avaliação que encontra atualmente pelas ruas da Capital.
 
Mesmo com diversos escândalos de corrupção e colecionando 20 operações policiais em 7 anos e meio de gestão, o prefeito acredita que o desgaste advém de uma perseguição política engendrada pelo maior rival, o governador Mauro Mendes (União).
 
“Um mandato tem momentos de alta e momentos de baixa, ainda mais quando você é atacado de manhã, de tarde e de noite por uma campanha maciça comandada pelo governo do estado para tentar destruir politicamente o prefeito com mentiras, com invenções, com fake news dia e noite. Eu tenho que estar todo dia pacientemente desmentindo e mostrando a verdade para a população, mas Deus é Pai, não é padrasto”, diz o prefeito.
 
É por acreditar que ainda tem capital eleitoral que o prefeito tenta eleger o seu sucessor para sentar na cadeira mais cobiçada do sétimo andar do Palácio Alencastro.
 
Para buscar esse feito, ele já fechou o diretório municipal do MDB para si, colocando na presidência o advogado Francisco Faiad, trazendo vereadores da base para o partido (Paulo Henrique e Marcrean Santos) e ainda jogando a responsabilidade de construir uma candidatura própria do MDB nas mãos do filho, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto.
 
Ele diz que não vai se envolver diretamente nas eleições municipais deste ano e que vai deixar que seu grupo político cuide de tudo, afinal, a população o quer na prefeitura, cuidando da cidade: “A sazonalidade da avaliação popular varia de acordo com o período, de acordo com o ano, de acordo com o momento. (...) A minha decisão de não me envolver no processo eleitoral é porque a população não quer o prefeito cuidando de política, cuidando de eleição”.
 
Além do MDB
 
Buscando construir uma musculatura política ainda maior, Emanuel tentou até mesmo lançar o vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV) como pré-candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PcdoB), usando como “super trunfo”, o mote de que em 2022, durante as eleições para o governo do estado, a esposa Márcia Pinheiro (PV) desistiu de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa para dar palanque ao então candidato a presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
 
“Ela [Márcia Pinheiro] foi para o PV com o convite do Stopa em 2022. Ela ia ser candidata a deputado estadual, acabou para garantir o palanque do presidente Lula, se sacrificando em cima da hora com a desistência do senador Carlos Fávaro [PSD]. Ela assumiu a candidatura ao governo do estado para dar palanque ao presidente Lula e para plantar a semente da oposição aqui no estado”, afirma Emanuel cobrando a fatura.
 
Acontece que essa cobrança não deu certo e o PT conseguiu convencer Stopa a recuar e cedesse a vaga de pré-candidato do grupo ao deputado Lúdio Cabral (PT).
 
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