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25/06/2024 às 13:51 | Atualizada: 25/06/2024 às 14:05

Maysa cita cassação de Edna e critica parecer da Procuradoria sobre representação contra PH: 'Dois pesos e duas medidas'

Kamila Arruda

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) viu com estranheza o fato de a Procuradoria da Câmara de Cuiabá ter orientado a Comissão de Ética a rejeitar a representação contra o vereador Paulo Henrique (PV). Para a parlamentar, o setor tem usado dois pesos e duas medidas ao analisar casos envolvendo os vereadores.

Isso, porque avalizou a abertura da Comissão Processante contra a vereadora cassada Edna Sampaio (PT) com base em provas materiais que hoje, fazem com que eles sugiram a rejeição das representações contra o parlamentar do Partido Verde (PV).

A Procuradoria da Casa de Leis emitiu parecer contrário à representação em desfavor de Paulo Henrique, alegando que a denúncia foi feita com base em matéria jornalísticas, sem algo concreto contra o parlamentar.

“Esse parecer me surpreende, porque nós tivemos um processo de cassação aqui na Câmara de vereadores com recortes de jornais, que demostraram a tal da rachadinha, e baseado nisso, nessas evidencias, foi aberto um procedimento. A abertura de um procedimento contra o que está acontecendo com o vereador Paulo Henrique não é a condenação do vereador. Essa abertura é para que, no devido processo legal, ele possa se defender. É um dispositivo legal para fazer uma investigação. [...] Então, dois pesos e duas medidas que eu vejo nessa análise da Procuradoria”, analisou a vereadora.

A Comissão de Ética, contudo, não acatou a orientação da Procuradoria e enviou um ofício a superintendência da Polícia Federal solicitando informações sobre a suposta participação de Paulo Henrique no esquema desbaratado pela Operação Ragnatela. Para o presidente do grupo, vereador Rodrigo de Arruda Sá (PSDB), se faz necessário aprofundar nas investigações para garantir transparência e justiça no processo. Portanto, a comissão busca informações adicionais das autoridades policiais para esclarecer todas as dúvidas.

Paulo Henrique teria utilizado de sua influência junto a Secretaria Municipal de Ordem Pública para garantir a liberação de alvarás e licenças para eventos realizados para lavar dinheiro de tráfico de drogas do comando vermelho. Em troca, o parlamentar teria recebido vantagens financeiras.
 
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