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02/07/2024 às 16:19

Fávaro argumenta que novo leilão de arroz será organizado se houver necessidade

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) defendeu que o leilão de arroz é uma alternativa legítima do Governo Federal, mas descartou a organização de um novo leilão em razão do cenário atual. Em coletiva de imprensa realizada no sábado (29), o gestor argumentou que a medida será novamente adotada apenas se houver necessidade.

“A importação é uma das alternativas que o governo tem de se utilizar quando há um descompasso ou uma especulação. O fato é que só de o governo ter preparado os recursos através das medidas provisórias, para comprar até um milhão de toneladas, independente de ter cancelado ou não, o fato é que o arroz já baixou significativamente”, declarou Fávaro que ainda completou: 

“Portanto, se esses preços não começarem a reagir de novo, de forma indiscriminada, na minha opinião não se faz necessário fazer outro leilão, mas o instrumento é legal e legítimo. Se precisar, a espada está erguida e vai fazer leilão”, argumentou o também produtor rural.


Fávaro destacou ainda que o leilão não iria prejudicar produtores e, sim, tinha como objetivo manter o custo do cereal acessível no país, tanto que, mesmo com o leilão cancelado, o preço do produto teve baixa nas prateleiras de supermercados.

“Primeiro que importar não é um conflito com os produtores, a grande especulação se deu não pelo produtor. Eu sou produtor e nunca consigo vender um saco de soja pelo preço que eu quero. O produtor pergunta para o comprador quanto ele está pagando. Quem fez o preço subir não foi o produtor. O produtor até poderia querer vender a R$ 200 o saco, mas não é ele que forma o preço”.

Leilão de arroz

Trata-se de uma medida que visava importar de produtores chineses a quantia de 263,3 mil toneladas de arroz. O objetivo era fazer com que a população não fosse prejudicada com a falta do mantimento base da alimentação brasileira. Isso, porque depois das enchentes no Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor de arroz do Brasil, havia o risco de que o mercado interno ficasse desabastecido.

Todavia, o leilão acabou cancelado diante da suspeita de fraude no processo licitatório. O incidente culminou na exoneração do secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, depois de uma empresa de propriedade do filho de Geller figurar entre as companhias que participaram do processo de licitação.
 
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