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15/07/2024 às 15:27 | Atualizada: 15/07/2024 às 15:27

Há 23 anos no local, comerciante desabafa: 'nossa vida está aí, subindo nessas fumaças'

Natacha Wogel - Da Redação / Eloany Nascimento - Do Local

O dono de uma das maiores lojas do Shopping Popular, Ariovaldo Mundin, declarou calcular um prejuízo de pelo menos meio milhão de reais com o incêndio que tomou todo o complexo comercial na madrugada desta segunda-feira (15). Somente de reposição de estoque que fez na última semana, entre capas para celulares e outros materiais, foram cerca de R$ 150 mil. Ele era dono da Ari Capas, que empregava nove funcionários.

“Nossa vida está aí, subindo nessas fumaças. Nosso sonho... Isso aqui pra nós é desesperador, parece um cenário de guerra, porque tudo que você sonhou em construir... Quem conhece a Ari Capas sabe a loja linda que era, a gente empregava nove pessoas ali dentro. São nove pais de família que contavam com isso”, desabafou o comerciante, que estava no local desde as 4h, quando tomou conhecimento do incêndio.

Conforme ele, cada vez que ouve o relato de um trabalhador seu se desespera, tendo em vista os compromissos financeiros que têm. “A gente vai se emocionando porque sabe que o funcionário acabou de comprar uma moto e tem que pagar, que tem funcionário que tá morando sozinho e tem que arcar com as despesas... São sonhos pequenos, mas para as pessoas, são grandes, que desapareceram”.

Sobre a manutenção de um seguro, o empresário, que está há 23 anos no espaço, foi enfático em dizer que não era possível ter apólice por conta da falta de documentação da área. Conforme ele, por diversas vezes os comerciantes buscaram fazer o seguro, mas não conseguiram.

“Nesse momento, nós temos que buscar recomeçar, buscar fazer igual à fênix, tirar a força das cinzas e recomeçar. Daqui 5 anos, 10 anos vocês vão voltar aqui para fazer outra matéria conosco eu quero que vocês nos procurem. Nós vamos recomeçar, nós vamos nos reerguer. O shopping popular veio pra ficar, ele não veio de passagem. Ele ajuda na renda de muito gente, não só de quem trabalha aqui, mas de pessoas que vêm do interior, do Pedro 90 para comprar material e revender em suas lojas”, ponderou.
 
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