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24/07/2020 às 11:15

Lúdio: testes rápidos em Centro de Triagem é dinheiro jogado fora

Alline Marques

O deputado estadual Lúdio Cabral, médico sanitarista, falou sobre o novo Centro de Triagem montado pelo governo estadual e apesar de considerar uma iniciativa positiva ele fez duas críticas: a centralização das equipes médicas e utilização de testes rápidos. 

Para o parlamentar, os centro de atendimento tinha que ser descentralizados nas regiões da capital e de Várzea Grande para com isso evitar aglomeração na Arena Pantanal. Além disso, as pessoas terão que percorrer longas distâncias para ter acesso ao centro e com isso utilizarão ônibus, uber ou de carona com várias pessoas num carro. 

"Tudo isso é uma oportunidade de transmissão, quanto mais próximo da casa menor é o deslocamento e menos aglomeração. Eu fiz essa recomendação há seis ou sete semanas", afirmou o parlamentar. 

Para ele, era preciso que o governo discutisse com as duas prefeituras, Cuiabá e Várzea Grande, a criação desses centros em várias regiões, ao invés de colocar 20 equipes em um único lugar, mas devido questões políticas, o Estado optou por fazer sozinho o serviço de atendimento primário que é de responsabilidade dos municípios. No entanto, Lúdio pontua que diante da crise atual é preciso que a administração estadual auxilie os municípios. 

Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que o governo tem R$ 137 milhões para investir no combate ao coronavírus. 

Lúdio ainda destacou a falta de eficácia do teste rápido em pessoas com sintomas iniciais. Ele ressaltou que o governo gasta hoje cerca de R$ 28 reais com cada teste rápido, mas poderia ter adquirido o PCR, exame mais eficaz para diagnosticar o coronavírus, com um custo mais barato, levando em conta o fato da aquisição em grande quantidade. Outra sugestão é a realização de parceria com instituições de ensino como as universidades, tanto federal quanto estadual, e o IFMT. 

Inclusive, a Unemat conseguiu equipar o laboratório de biologia por meio de uma parceria com o TRT e ao custo de R$ 1 milhão poderá realizar os exames PCR para a região oeste a baixo custo. 

"O governo pegou o caminho mais fácil que é o teste rápido, mas não se pode funcionar com essa cabeça, teste rápido não funciona com os sintomas iniciais, não resolve. Então é jogar dinheiro fora", finalizou. 
 
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