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23/03/2021 às 15:38 | Atualizada: 23/03/2021 às 15:49

Base trai governador e AL rejeita 'feriadão' para conter a covid-19

Camilla Zeni e Eduarda Fernandes

Sob pressão, os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) rejeitaram, na tarde desta terça-feira (23), a proposta de antecipação de feriados para diminuir a circulação de pessoas no Estado. A medida começaria na próxima sexta-feira (26) e seguiria até o dia 4 de abril, unificando feriados.

O projeto de lei, que foi apresentado pessoalmente pelo governador Mauro Mendes (DEM) na manhã de hoje, como uma alternativa para combater o avanço da pandemia da covid-19 em Mato Grosso, recebeu muitas críticas por parte dos setores produtivos e econômicos, bem como da população em geral.

Diversos deputados citaram pressão para uma votação contrária à proposta, mas reconheceram que uma medida deve ser tomada para conter o avanço da pandemia. No entanto, uma solução não foi apresentada ao longo da sessão. 

A proposta começou a ser debatida muito antes do momento de votação, quando, ainda no início da sessão, durante a manhã, diversos parlamentares usaram a tribuna para justificar suas posições contrárias. Também houve deputado nervoso com a proposta do governo, que chegou a discutir a matéria com um grupo de parlamentares na noite de ontem (22).

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que faz parte da oposição ao governo, foi um o único que votou favorável à proposta e ironizou o fato de que nem mesmo a base do governo votou para a implantação da proposta. Ele também comentou que não seria necessária a antecipação de feriados se o governador decretasse a quarentena no Estado. 

O fechamento das atividades econômicas pelo período de 14 dias tem sido sugerido por Lúdio desde o início no ano. Nesta terça-feira, mais cedo, os deputados aprovaram um requerimento de quarentena. Para Lúdio, o decreto de Mauro resolveria a situação já que tiraria das costas do trabalhador a “escolha de Sofia”, de correr o risco de morrer para colocar comida em casa. 

Conforme explicou o líder do governo, deputado Dilmar Dal'Bosco (DEM), Mauro não fez indicações para que a base votasse conforme o governo do Estado. "Ele deixou livre para que cada deputado votasse conforme a consciência", disse.

Por ter recebido o parecer contrário na Comissão de Trabalho e Administração Pública, e a avaliação ter sido mantida em plenário, a proposta foi arquivada.
 
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