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27/05/2021 às 16:53 | Atualizada: 27/05/2021 às 16:53

Russi tenta amenizar crise entre deputados e secretários: 'não apaga o brilho'

Camilla Zeni

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (MDB), minimizou as críticas de deputados estaduais aos secretários de estado da gestão do governador Mauro Mendes (DEM). O parlamentar acredita que a atuação dos deputados não é diminuída em função das ações do governo, mas defendeu o direito dos colegas em fiscalizar o Estado.

Nessa semana, durante sessão plenária, deputados criticaram a postura de alguns secretários que estariam usando a máquina pública para fazer palanque eleitoral, pensando em 2022. Janaina Riva (MDB) foi a primeira a desabafar nesse sentido, depois que teve um projeto de mamografias vetado pelo governador e soube que a Secretaria de Saúde lançaria uma proposta parecida. 

Alguns nomes chegaram a ser apontados por deputados durante as críticas, como o do secretário de Agricultura Familiar, Silvano Amaral (MBD), citado por Valdir Barranco (PT). Já a deputada Janaina não citou nomes e, apesar da relação entre os projetos, garantiu que não se referia diretamente ao secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo. Os dois, porém, são cotados para o cargo de deputados estaduais em 2022. 

“Não acredito que estejam apagando brilho. Até porque o deputado foi eleito democraticamente, escolhido para estar aqui na Assembleia”, rebateu Max Russi.

O presidente avaliou que a Assembleia tem debatido projetos importantes e fomentado discussões necessárias, de forma que o trabalho dos deputados mantém sua importância. Russi também destacou que os secretários de Estado teriam o dever de atender as demandas da população, que são levadas pelos deputados estaduais, quando possível - e quando não for, justificar. 

Apesar de tentar apaziguar, o deputado afirmou que a Assembleia Legislativa tem a prerrogativa de fiscalizar os gestores e ressaltou que, caso algum dos secretários esteja, de fato, usando o cargo como palanque político, estaria infringindo a lei, sendo passível de punição. 

“O secretário que, por ventura, esteja nesse momento fazendo campanha política ou algo nesse sentido… Primeiro que é proibido, a lei eleitoral não permite isso. E a Assembleia Legislativa tem o papel, além de todas as atribuições que têm, de fazer a fiscalização de qualquer ato, sendo por secretário ou servidor público, que esteja desviando da postura correta que deva ser adotada”, finalizou.
 
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